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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nossas impressões sobre Dubai – Emirados Árabes

Ficamos alguns dias em Dubai no retorno da Austrália, mas lá é outra história. Não é primeiro mundo, mas com certeza irá chegar daqui a alguns anos. Calorão de 48 graus (acredite!), uma cidade construída no meio do deserto, literalmente. Dentro do hotel é uma maravilha, 20/22 graus, por causa do ar condicionado. Mas quando coloca a cabeça para fora vem aquele bafão quente na cara. A cidade não tem poluição, mas tem uma espécie de neblina do calor que faz com que a visibilidade a olho nu não passe de 100 metros.

Fomos em duas praias, uma pública (Jumeirah,) ao lado do hotel mais famoso do mundo o Burj Al Arab, entrada franca, e uma outra privada (paga-se
 apenas em torno de 1,5 dólar para freqüentar) denominada Al Manzar Park. As praias simplesmente não são valorizadas em Dubai, porém tem que cuidar com as atitudes, nada de festa, principalmente na pública. Para nós brasileiros, que amamos sol e mar com certeza ficamos decepcionados com as praias de Dubai. Nas praias privadas, você encontra chuveiros quentes, vestiários, empregados para limpar o local, bar, sem falar nos coqueiros, cadeiras de praia, etc. A areia ferve, se colocar o pé sem chinelo é bolha na certa. A água do mar é bem quente. A água é salgada, com poucas ondas, parece uma grande piscina de azul turquesa. Mas com o dinheiro dos sheiks irão comprar tudo. Certamente estão estudando quais os peixes que irá resistirá a temperatura e vão importar ..Com o tempo as baleias irão ter filhotes em Dubai…tudo será um grande paraíso ecológico.. rsrsrsrs

Os horários são muito loucos. O comércio fecha à tarde (para rezar) e reabre à tardinha, indo até de madrugada, tudo aberto e as pessoas comprando e circulando. Trocamos moeda em uma casa de câmbio às 23h. Tem mesquita por tudo quanto é canto. Os caras rezam, no mínimo, 5 vezes por dia.
O transporte público é um caos, não dá conta. Mas eles começaram a construir o metrô, talvez desafogue um pouco. O táxi é muito barato (pq a gasolina é quase de graça), mas simplesmente não dão conta da demanda. Às vezes tem-se que esperar muito mais do que 1 hora para conseguir um táxi. Sem contar que o povo não é nada gentil nem educado, ficam brigando, literalmente, para conseguir pegar o táxi primeiro.

O bom é que não tem violência, nem assaltos e nem trombadinhas. Isso porque Dubai realmente é um parque de engenharia a céu aberto. Um paraíso para arquitetos e engenheiros. Tem emprego na construção civil para todo mundo. Mas assim, nota-se que 95% dos trabalhadores que circulam na cidade são de origem mulçumana. O que as pessoas ganham lhes dá poder de compra e é suficiente consumirem muito, mas muito mesmo. A sensação é que estamos em pleno natal, muito consumo…

Dubai é uma mescla; de um lado prédios futuristas, de outro, hábitos e costumes milenares. É fascinante fazer a travessia do Creek (uma entrada do mar que parece um rio e que cruza o centro de Dubai) em táxi aquático até a parte mais moderna da cidade e ao mesmo tempo vislumbrar prédios arrojados com uma arquitetura futurista.

Para os amantes das compras a cidade possui as melhores grifes mundiais. Com a riqueza do petróleo (previsto para esgotar nos próximos anos), os sheiks estão transformando a cidade no novo point mundial de compras. Para agilizar a economia, o turismo anda a mil, com hotéis modernos, criação da nova Disney e do Estúdio da Universal. Nós ficamos “embasbacados” com eletro-eletrônicos a preço de banana, ouro e jóias idem, muito barato. A frota de carros é toda automática (tanto táxi como particulares) e só tem carrões na rua.

Por falar em turismo, o melhor passeio é o do deserto, este é “canal” em Dubai. Modernos jeeps levam centenas de turistas para fazer off road nas areias escaldantes. Depois de meia hora de andando de jeep andando no asfalto, já se vê o deserto. O passeio é para aqueles que não sofrem de tonturas, seja de qualquer tipo. Simplesmente andar de jeep por cima das dunas, deixa o estômago “embrulhado”. Anda-se em torno de 1hora e meia, por cima das dunas de areia meio “amarronzada”, até chegar em um acampamento árabe típico. Para aqueles que curtem aventura, pode-se montar em um camelo, vestir-se como muçulmano nas tendas e comer sentado em um tapete todo colorido. Não vimos a dança do ventre porque era o mês do Ramadã, tudo é proibido, inclusive dançar e cantar. O passeio finaliza com músicas árabes típicas, uma espécie de violão e voz.

Deu para ter uma noção? Pelo sim, pelo não, valeu ter conhecido os Emirados Árabes Unidos e conclusão é esta: DUBAI vai acontecer nos próximos anos, com certeza todos nós iremos voltar para ver as atrações anuais..O investimento em entretenimento é muito grande, em Dubai tudo pode em termos de construção, mas nada pode, em termos de hábitos e costumes..A lição número 1, respeito muito respeito com tudo e com todos..Dubai não é uma cidade para tomar aquele porre até cair nas ruas, ficar de roupa curta e cabelos esvoaçantes, colocar som alto e “gritar eu posso”..Literalmente a cidade não é para ocidentais…. Apenas para passear alguns dias, passar as férias, pelo menos por enquanto, não. Tanto que os pacotes turísticos que saem de São Paulo, por exemplo, contemplam apenas 5 dias em Dubai. Faz-se os passeios turísticos básicos, vai-se na “Gold House”, em alguns outros shopping enormes, tirar fotos em mesquitas, passear pelo deserto e enfim, o melhor de Dubai ainda é comprar, comprar, comprar, comprar...

Texto por: Vania Moletta
26 de novembro de 2008


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